domingo, 11 de maio de 2008

Dia das Mães

Por Beatriz

Após passar o dia com a minha queridíssima mãe, minha avó e minha tia, todas mães exemplares, assisto à entrevista de Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, concedida à Patrícia Poeta, no Fantástico.

Fico pensando em quantas mães que estão passando o dia de hoje longe dos seus filhos ou em situação parecida à de Ana Carolina.

Não deve ter sido um dia muito fácil quando o que se vê na tevê são propagandas em homenagem às mães, quando se sabe que os filhos, até aqueles que moram mais longe, ligaram para a mãe para dizer o quanto ela é importante.

Fico imaginando a dor que Ana Carolina deve estar sentindo e como tudo foi tomado dela sem que ela quisesse ou pedisse, ainda mais nas circunstâncias como aconteceram as coisas.

Tantas mães que tiveram que ir aos presídios visitar seus filhos e filhas, mães que não tinham nada para comer e comemorar neste dia, mães que sofrem ao ver seus filhos se afundando no mundo das drogas.

Só uma mãe mesmo para ter força e agüentar todas as pedras que aparecem no caminho. Caminho, às vezes, mais difícil para algumas e mais “tranqüilo” para outras.

Mas acredito também que Deus nos manda somente aquilo que podemos agüentar. E é por isso que admiro todo esse sentimento e amor que só uma mãe tem por seu filho. Toda a força que essas mulheres têm para estar ao lado de suas crias, como grandes felinas que são, os defendendo e cuidando para que nada aconteça.

Hoje, no dia em que todas as mães ou foram abraçadas por seus filhos ou não puderam fazê-lo, quero desejar que a fortaleza e a paciência sejam sempre dons constantes, e que essa coragem que só uma mulher tem, seja a essência de todo o amor e esperança que vocês, mães, depositam em seus filhos.

Que possamos sempre comemorar a lamentar.

Que todas as mães sintam-se amadas.

Que Deus desperte sempre nos filhos o respeito à suas mães.






Feliz dia das Mães!

10 comentários:

Grazi Sperotto 12 de maio de 2008 às 09:28  

Oieeee
É bem nessas mesmo:
"Mas acredito também que Deus nos manda somente aquilo que podemos agüentar."
Concordo plenamente! E que Deus nos dê sempre forças pra continuar lutando!
Lindo texto, bom mesmo!
bjão

Curare 12 de maio de 2008 às 12:57  

Ola!
Eu ontem assisti a entrevista tbm, e sabe que me coloquei várias vezes no lugar daquela mãezinha, sentada ali, tão frágil, como se ainda não acreditasse no que aconteceu, segurando um ursinho que a filha gostava.
Meu coração doeu. Doeu tanto, como se fosse de mim que tivessem tirado com tamanha crueldade aquela menina linda.

Espero justiça. Não só pela morte da menina, mais pra compensar de alguma forma a perda que esta mãe teve.

Um beijo querida!

Arii 12 de maio de 2008 às 15:33  

Bia, seu texto me tocou o espírito

Unknown 12 de maio de 2008 às 19:29  

Biah, muito obrigado pelas palavras de apoio! Tinha certeza que vocês me ajudariam muito nessa hora. Valeu mesmo, do fundo do meu coração!

Beijo!

Anônimo 13 de maio de 2008 às 00:47  

Biah nem me fale da Ana Carolina, eu chorei na entrevista dela, em pleno dia das mães.
Só peço a Deus que a console e a todas que não tem seus filhos perto.
Beijos!

Anônimo 13 de maio de 2008 às 10:08  

Texto fantástico Bia...

Lydia 13 de maio de 2008 às 10:55  

Assiti também a entrevista e não vou negar que me emocionei, mesmo ainda não sendo mãe me coloquei no lugar, pois ela com a mesma idade que a minha passando por isso.
E não poderia deixar de citar que esse caso com certeza não é único, quantas Isabellas existem.
Beijão!!!

Mafê Probst 13 de maio de 2008 às 10:56  

Teu texto me tocou profundamente. Afinal, passei por esse momento 'triste' junto da minha sogra, que foi ver o filho no hospital e teve, somente, 1 hora de visita durante o dia todo...

É uma data triste, essa. Comercial demais. Se, dia das mães, fosse considerado todos os dias, muitas mães poderiam ter aproveitado um último dia das mães uma última vez...

Anônimo 13 de maio de 2008 às 19:00  

Então pelo sentimento que você passa por ser a pessoa que é concordo com a dor da mesma. Mas os fatos atuais mostram algumas coisas que não condizem com "tanto sofrimento" assim. Vi uns dias que a tal da mãe da Isabella estava muito que falativa em missas em celebração a morte da sua filha. Ou mesmo comentários da própria dizendo "Vou ser feliz ao máximo já que isso deveria ser um sonho dela" - Esse tipo de coisa não condiz pelomenos pra mim. Fora o fato de que a mãe biológica aparece "contente" as vezes ou não tão abalada assim. Na minha concepçã oeu jamais iria querer ficar famoso devido a um ato que cometeram com alguém que eu concebi... jamais. A minha indignação e sofrimento seriam tantos que ficaria comigo mesmo pensando em alguma forma de conseguir continuar a viver sem esse fantasma.
Que me assombraria o resto de minha existência. Enfim acredito que ela esteja sofrendo mas não na intensidade do seu texto. Gostei muito do texto porque sei que você colocou seu coração, seus principios e o que você acredita nele. Mas a biológica pra mim... de verdade é pouca coisa melhor que o casal que acabou com a vida da criança.

Bju.

rOdrIgO 14 de maio de 2008 às 22:53  

Discordo de você Dudu, dor não se mede pela aparência. Chorei junto com ela, que depois de perder a filha quer apenas seguir em frente com sua vida, ela nunca afirmou ser perfeita. O pranto não deve ser eterno, se participar de missas e celebrações trás atenções para o caso Isabella, a mãe cumpre sua missão para que o acontecido não caia no esquecimento.

Adorei o texto Bia...bjus

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