sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uma vida em trinta linhas *

Nunca parei para pensar, ou melhor, relembrar os meus 21 anos. Duas décadas vividas juntamente com os pais, um irmão e nenhuma perda, pode não parecer uma grande história.

Não sei por que as pessoas têm a mania de achar que uma boa história tem que ter sofrimento, dor, perdas ou tristeza... Na verdade, eu também penso assim, mas estou tentando me convencer do contrário.

Às vezes, me pego pensando se vou ter alguma coisa para contar aos meus netos, claro que, histórias com amigos, viagens e as grandes “aventuras” que já vivi renderão boas risadas, mas, se tivesse que escrever um livro sobre a minha vida, certamente não venderia muito.

Sim, eu sei que devo ser mais confiante... Afinal, não sou tão desinteressante assim... Posso contar da minha infância, quando ainda era possível passar horas na rua brincando de esconde-esconde, patins, bicicleta e, computador? Isso era novidade para poucos. Lembro de quando quebrei o braço na aula de Educação Física, na quarta série, o que me deu aversão a exercícios. Está bem, isso eu uso como desculpa para o sedentarismo, o que não justifica.

Meus pais sempre estiveram presentes. Ensinaram-me que tirar os pregos do carrinho de bebê do meu irmão para que ele caísse não era legal, explicaram que quando minha mãe me deixava na escola e eu chorava achando que ela iria passear não era verdade, e que eles não entendem até hoje por que eu tinha medo da sirene do carro da polícia.

Sobram-me histórias da adolescência, também. As grandes amigas, os amores e as bagunças com as primas. Carnavais, verões, natais e festas. Não posso dizer que não aproveitei a melhor fase da vida. Foi um crescimento inevitável e proveitoso.

Pensando bem, e olhando para traz, não é que tenho histórias a contar? Já fiz plástica no nariz e não vi muita diferença, já sofri com a dengue, passei no vestibular e finalmente, tirei a minha carteira de habilitação.

No jornalismo encontrei a minha realização, mesmo que ainda não esteja no mercado de trabalho. Aprendi as técnicas para uma boa reportagem e perdi o medo de aparecer na televisão. As palavras, às vezes, resolvem brincar comigo e quando tenho que ser meu próprio personagem, me divido em duas: a aspirante a jornalista tentando escrever e a estudante de 21 anos que tem que contar alguma coisa interessante para que o texto não fique chato.


*texto produzido para aula de Jornalismo Online


9 comentários:

Teresa 12 de setembro de 2008 às 22:34  

há uns anos atrás, eu jamais pensaria em fazer jornalismo.
Deus me livre.
Eu nunca me imaginei nessa profissão.
agora, tou me formando em jornalismo, mostrando pra mim mesma que presente, passado e futuro são coisas completamente diferentes.

=*

Anônimo 13 de setembro de 2008 às 11:30  

Biahhhhhh!!que saudades amiga jornalista mais linda!hehe!
Que bom q voltou! quanto ao post nem todos tem chance de ter uma grande aventura na vida a ponto de escrever um livro e vender horrores.
Mas muitos ainda tem uma vida cheia de fases felizes a ponto de contar um dia aos netos, então sinta-se agraciada viu?
beijão se cuida!

- Mô ღ 15 de setembro de 2008 às 02:28  

Hey, a gente tem mto oq aprontar nessa vida ainda! A gente só viveu 1/5 dela (considerando q qdo ficarmos velhinhas, a expectativa d vida será d uns 100 anos!! hahah)
E eu vou tah lá pra t ajudar a contar pros seus netinhos suas peripécias! =D
Bjos, flor!!
É mto bom ver o Blog a todo vapor d novo! ;)

Anônimo 15 de setembro de 2008 às 09:22  

Sabe que eu tbm me pergunto sempre o que vou contar oas meus netos? Cara, eu queria ter aquela vida louca, pra ter coisas legais pra contar!

Quem sabe, não morri ainda!!

Huhuhu!

Beeeeeeeeejo amoreee

Kamilla Barcelos 15 de setembro de 2008 às 09:27  

Adorei seu texto.
Eu gosto quando se escreve da vida pessoal, pois quando leio, sinto-me como eu fosse uma amiga íntima sua. Pois sei mto de vc pelo o q vc escreve!

Antônio Dutra Jr. 15 de setembro de 2008 às 10:30  

Rever seus dias, atitudes e analisar a caminhada até aqui sempre é válido, pois sempre constatamos aspectos positivos e negativos.
Pessoalmente, estou chegando à metade da minha vida, já que não tenho esperanças de ir além dos 50. De qualquer forma, estou muito feliz e satisfeito. O importante é isso.

Beijo!

Lydia 15 de setembro de 2008 às 16:00  

Reviver é um dom poucos têm.

Beijo

Caio Miniaturas 16 de setembro de 2008 às 11:44  

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HEHEHEH... A MINHA IRMÃ MAIS

VELHA TAMBÉM TENTOU "SABOTAR

A MINHA VIDA" ASSIM QUE EU NASCI.

MINHA MÃE FOI PREPARAR A MINHA

MAMADEIRA E, QUANDO VOLTOU, A

MANA (com apenas 3 aninhos) TINHA

UM MARTELO APONTADO EM MINHA

DIREÇÃO. ADOREI O BLOG, BIA.

ÓTIMA SEMANA.

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ALBERGUE*MENTAL
http://caioalbergue.blogspot.com

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Ariana Coimbra 17 de setembro de 2008 às 10:33  

O que sera q eu vou ter pra contar pros meus netos?

Vc vai ter mta coisaa né!

Adorei

saudades de ti!


Beijo

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