Simples, como amar!*

Ele a fazia sentir como se tivesse com borboletas no estômago. Cada instante esperando sua chegada era uma eternidade. Seu sangue latejava por cada veia em que passava e o ar quente do verão a fazia sentir calafrios.
O sol brilhava como os olhos de uma criança quando ganha um doce, e o céu, ah, que céu azul era aquele?! Parecia pintado especialmente para o encontro.
Ele chegara lindo, com aquela camisa preta que ela adorava e que ressaltava os músculos de seu braço forte. A calça jeans nada mais era do que mero detalhe em um corpo que ela desejava ardentemente possuir.
Os dois se beijaram. Um misto de calor e de alívio fez com que ela se sentisse nas nuvens. Ela não entendia esse sentimento que ao mesmo tempo a deixava angustiada e aliviada. Os dois se completavam. Ela gostava do dia, ele da noite. Ela preferia o rosa e ele o azul. Um era o que o outro não era e por isso se tornavam um só.
Aproveitaram o final da tarde para ir ao cinema: aquele filme que ela esperava ansiosamente para assistir (com ele, é claro) entrara em cartaz. Ela não soube contar a história para as amigas, afinal, quando as luzes se apagam o desejo se levanta.
Com a chegada da noite os dois foram comer alguma coisa em algum lugar que para ela não fazia diferença, ela estava com ele e isso bastava. Horas depois ele dormia como um anjo e ela observava aquele rosto sereno, a expressão calma de alguém que a fazia feliz. Ela se sentia a melhor mulher do mundo, o coração transbordava amor e o corpo exalava alegria. Tudo o que ela mais queria era que o mundo parasse para que ela pudesse ficar ali para sempre. Seu abraço era o mais aconchegante e o mais quente. Ficou observando-o por alguns longos minutos até que foi tomada pelo sono. Seus olhos lutavam para ficar abertos, mas a tranqüilidade e abonança da noite foram mais fortes. E ela adormeceu ali, onde para ela era o melhor lugar do mundo.

*Amar é simples, nós é que complicamos tudo!

Boa noite e um excelente novo dia!